segunda-feira, 11 de outubro de 2010

REPRESENTANTES DA MODA DEFINEM NOVAS DIRETRIZES

Do dia 26 a 29 de setembro deste ano, representantes da cadeia produtiva da moda brasileira estiveram reunidos, em Salvador (BA), no I Seminário Cultural da Moda. Durante o encontro, o grupo irá traçar diretrizes para um plano cultural do setor. O seminário será realizado no Hotel Stella Maris, a partir das 9h.

  • De acordo com a Abit, o faturamento do setor chegou a US$ 47 milhões em 2009

Durante a II Conferência Nacional de Cultura, realizada em março de 2010, a moda passou a ser compreendida pelo Ministério da Cultura como uma linguagem artística, assim como a música, o teatro, o cinema, com potencial de revelar a identidade do País. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), em 2009, o faturamento do setor chegou a US$ 47 milhões.

Segundo o Ministério da Cultura, na prática, uma política cultural para a moda irá valorizar a criação, a inovação e a experimentação, fazendo com que os valores culturais do País sejam agregados a produtos de uma economia da cultura sofisticada e internacional como essa. Outro pilar fundamental é o da memória: a política deve valorizar e registrar as criações e os fazeres do setor como patrimônio cultural.

Financiamento

Ao ser compreendida como linguagem artística, a moda passa a ser alvo de financiamento público no âmbito do Ministério da Cultura. As diretrizes para a aplicação do Fundo Nacional de Cultura também serão tema de discussão no seminário.

O setor deve ser contemplado pelo Fundo Transversal de Equalização de Políticas Culturais. A previsão é que, nos próximos anos, o fundo aporte, no mínimo, R$ 50 milhões para o Programa Culturas Urbanas e Cidades Criativas, que tem entre seus principais focos ações relacionadas à moda.

Políticas culturais

O grupo formado pelos 150 delegados participantes do seminário divide-se em três áreas, que correspondem à cadeia produtiva da moda: criativa, empresarial e institucional, que inclui ONGs, instituições públicas e privadas e universidades ligadas ao setor. Entre eles estão nomes como Paulo Borges, Alexandre Herchcovith, Walter Rodrigues, Ronaldo Fraga, além de representantes da Associação Brasileira de Estilistas, do Sebrae e da Abit.

Além de discutir o Plano Cultural da Moda, os delegados elegerão entre si os 15 representantes que irão compor o colegiado setorial de moda dentro do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC). O órgão colegiado integrante do Ministério da Cultura tem como finalidade propor a formulação de políticas públicas, com vistas a promover a articulação e o debate dos diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada, para o desenvolvimento e o fomento das atividades culturais no território nacional.

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